ver, ser, estar, crer no ser nada tudo quando vejo está mais longe e lá havia um vaso que ao ser quebrado exalava o perfume de todas as flores que já havia um dia abrigado
Vai nascer, feito o sabor do vento, uma noite aqui outra por aí, preocupar-se? Vai nascer. Escrever o mal, exaltar o perverso, é acreditar na existência do bem e do honesto. Fazer da pena o instrumento do desabafo, para na leitura encontrar o caminho da percepção. Quando falta o ouvinte, assumo seu papel, ouço próprias lamurias e estórias de outros tempos. A mente em devaneios prossegue comovendo o ouvinte, silencioso, promovendo grandes diálogos. Era uma cama de casal,tamanho grande, recoberta por enorme lençol e cobertor Parahyba azul. Dois rádios Record relógio marcavam a mesma hora, entre eles o banco, em frente a farmácia com seus produtos vencidos e sempre de porta aberta; espremida, a lavanderia dava conta e a seu lado num beco que segredos nos esconde, o bordel, mudo como sempre e todos, apenas o homem de fé, acima e a sua frente, nos vê; a sapataria espalhava-se por todo canto sem lugar certo. Abaixo da torre principal a livraria era o centro das atenções, com certos quadros eróticos, os mapas só um andar acima já foram grande destaque. Na entrada a mão vermelha de sangue com broches e brincos, em frente outro quarto completava a parte superior da casa, tão enorme e vazia quanto sua cama com cobertor para casal azul.
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